Renovação nas ELEIÇÕES 2010

Brasil, Terra de Santa Cruz
Em vésperas a um dos maiores acontecimentos democráticos e de tamanha responsabilidade para o Brasil, a RCC Juiz de Fora, por meio do Ministério de Fé e Política, vem orientando os carismáticos e também a todos os cristãos a votarem consciente.
Neste artigo entrevistamos o Coordenador do Ministério de Fé e Política de Juiz de Fora, João de Melo, no qual dá orientações e também a entrevista do nosso Arcebispo Dom Gil Antônio Moreira.



Nós somos responsáveis por quem está assumindo os poderes públicos, por isso precisamos desenvolver um voto consciente e além de tudo cristão. Que busca os ideais a favor da vida, da família e da liberdade religiosa.
abaixo uma entrevista do Coordenador do Ministério de Fé e Pólítica da RCC JF, João de Melo juntamente com a gravação de um video dele e do nosso arcebispo Dom Gil.


Ministério de Comunicação – Qual é o papel do Ministério de Fé e Política nas eleições?


João de Mello – Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o Ministério de Comunicação pela iniciativa, dizer que é um espaço importantíssimo pra eu poder fazer aquilo que é inerente ao Ministério de Fé e Política: que é única e exclusivamente conscientizar o eleitor, o fiel da Igreja a respeito da política, da importância da política na sociedade e na Igreja, também. Mais do que indicar candidato ou indicar partido, estamos aqui para alertar, por exemplo, sobre compra de votos, que ainda acontece muito nesse período eleitoral. Nossa missão é conscientizar o fiel para a finalidade da política, para o quê que ela serve, na sociedade.

Nosso trabalho tem o objetivo de conscientizar sobre a importância do voto, pois se ele for um voto consciente, fatalmente, no futuro, ele não vai trazer consequências, nem pessoal, nem social. O voto consciente traz muitos benefícios para a sociedade.



MC – Na hora da escolha do candidato, quais são os caminhos que o cristão deve fazer, ou seja, como escolher candidatos que deem frutos?



JM – Deve-se pesquisar o passado desse candidato: como é o testemunho de vida dele; se ele tem ficha criminal – aliás, vale a pena dizer que um deputado da Renovação Carismática, foi o relator do projeto Ficha Limpa, que diz respeito ao passado e o presente do candidato, caso tenha o “nome sujo” (ou seja, tenha algum processo judicial contra ele).
Pedimos ao nosso eleitor, cristão, que assista aos programas eleitorais. Sabemos que muita gente tem aversão ao Horário Eleitoral Gratuito, que não gosta de assistir e, às vezes sai da sala, desliga a televisão. No entanto, são nesses programas que estão as propostas dos candidatos. Ainda que algumas propostas sejam mirabolantes, fictícias, são nesses programas que se tem uma noção de quem é o candidato.

Assim, é fundamental que se saiba quem é o candidato, de onde ele está vindo, quais são as propostas dele, se essas propostas é de cunho pessoal ou comunitário, se visa atender ao bem comum. É preciso se informar melhor sobre os candidatos.

MC – O partido de filiação do candidato é importante, influencia em sua gestão?

JM – Depende muito. Todos os partidos políticos tem uma ideologia, cada um tem a sua doutrina. Por conta da democracia, todos os partidos têm pessoas com boa índole e pessoas de má índole; pessoas com boa formação, pessoas com má formação. Por exemplo, tem partido que é favorável ao aborto, mas tem candidato e parlamentar desse partido que é contra o aborto. O ideal seria que tivesse um partido cristão, onde todos respeitassem a ideologia do partido, com uma visão política cristã. Mas, sabemos que na prática é muito difícil, quem sabe um dia a gente possa chegar a esse objetivo, de ter um partido onde as pessoas que porventura fossem convidados tivessem o perfil de uma política sempre pautada na justiça, no evangelho. Isso seria o ideal, mas, por conta de democracia, não pode haver discriminação contra o modo de pensar, da cultura de cada um. Então, todo partido aceita toda filiação e todo tipo de pessoa.

Importante deixar claro que o Ministério de Fé e Política e a Igreja como um todo não é partidária, nem indica candidato.

MC – Você acha que os valores do candidato influenciam a sua gestão, quando ele se torna parlamentar, como nos projetos de lei propostos por ele?


JM – Essa é uma pergunta interessante, porque a gente cansa de ouvir que o candidato antes de entrar para o meio político é uma coisa e, quando se elege, muda a maneira de pensar, os conceitos mudam e os valores mudam. Mas eu acredito que se a pessoa tiver uma formação religiosa bem definida, e por trás dele tiverem pessoas dando suporte, seja espiritual ou na ética, por exemplo, fica muito difícil esse candidato errar, se equivocar e mudar de pensamento.

 RCC quando lança um candidato do movimento, esse candidato é assessorado pelo CAC – Conselho de Acompanhamento de Candidatura, para que a gente consiga formar essas pessoas que são religiosas, que tenham a moral e ética religiosa, e que darão suporte a ele nessa candidatura. Caso ele seja eleito, é acompanhado pelo Conselho de Acompanhamento de Mandato, que possibilita que existe uma estrutura em volta desse parlamentar, para que ele não venha se equivocar ou mudar de pensamento, enquanto exerce o mandato.

MC – Qual o perigo da troca de favores para a democracia – quando o candidato promete ações pessoais aos eleitores?


JM – Precisamos tomar cuidado com certas coisas porque, quando um candidato a prefeito ou deputado, por exemplo, existem projetos de governo que apresentam vários benefícios para a sociedade, para o bem comum, que vai beneficiar a cidade ou um segmento da sociedade. O que caracteriza promessas e planos de governo que cada candidato tem e não compra de votos.
Agora, quando a conversa é pessoal, e o candidato chega para o eleitor e pergunta do que ele precisa para construir uma casa, por exemplo, oferecendo cimento, areia, brita, em troca do voto, isso se caracteriza como compra de voto. O eleitor está trocando o voto em benefício próprio.


MC – Qual a importância das eleições no processo democrático?


JM – Eu penso que as eleições diretas é um momento muito bonito da sociedade. É o exercício da cidadania, onde cada um tem a liberdade de escolha e, no final das contas, vence a maioria. Esse candidato que obteve a maioria vai representar a maioria da população que o elegeu, e também os outros que não o elegeram. É um momento que visa um futuro promissor para cada sociedade, cada comunidade e, por ser um governo do povo a democracia se torna interessante, uma vez que é a liberdade do povo para votar. É por isso que ações que visam burlar o processo, desvirtuar as eleições, como a compra de votos, precisa ser evitada. Nesse processo entra o Ministério, para poder orientar e conscientizar.
MC – É correto votar em branco, é uma atitude cristã?

JM – Veja bem a gente orienta sempre a pessoa a votar. Porque, ao votar, ela tem que escolher entre um e outro. Se os dois candidatos, por acaso, não forem o ideal, não forem bons resultados, ela tem que procurar ir por eliminação, ver em qual quesito esse candidato é menor pior, é melhor, onde pode dar frutos. Não votar, ficar “em cima do muro” fortalece aqueles que não querem a democracia. Além disso, o eleitor que vota em branco não tem o direito de reclamar, de questionar a cerca de um determinado governo, porque não votou em ninguém. Ele fica de acordo com a anarquia, ou seja, de acordo com a desordem, perdendo a característica de cidadania. O voto dá a autoridade, dá autonomia para reivindicar.


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